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Você sabia que a marca do Ideal Clube leva a assinatura de Jeff Peixoto?

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  • 27 de mar. de 2023
  • 5 min de leitura

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Antes que algum designer gráfico mais purista venha dizer que o termo “logomarca” não deve ser utilizado, é necessário que se diga que o jornalista Jeff Peixoto, Founder e CEO da Vocábulo UM, idealizador do projeto da nova marca do Ideal Clube, tem total ciência do cansativo debate sobre a utilização dos termos logotipo, marca e logomarca. “Não vejo problema algum em utilizar o termo logomarca, afinal, o uso popular da expressão, por si só, já justifica a afirmação da palavra que já consta no dicionário Aurélio com a seguinte definição: ‘união de letras do nome da empresa em elementos formais como representação gráfica’. Ir contra isso seria forçar a barra pelo fato da palavra não constar no léxico de nenhuma outra língua em todo o mundo. Ora, se o termo é parte do nosso léxico, isso já basta. Não me vejo utilizando a palavra logotipo, pois me parece arcaica”.


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Deixando de lado o debate, o que importa aqui é a grande novidade do Ideal Clube: a apresentação de sua nova marca, ou logomarca, que surge como um sinal de renovação da instituição que, no próximo dia 7 de setembro completará exatos 88 anos. Um clube de enorme tradição e relevância para a sociedade cearense, o Ideal nunca abriu mão de sua essência tradicionalista, no entanto, sempre teve seus olhos voltados para o futuro. Pode parecer contraditório, mas não é! É possível manter sua essência original sem deixar de abrir espaço para o novo, para o que é de vanguarda. Para resistir por tantos anos às mudanças que cada época exige, só mesmo tendo uma faceta essencialmente pulsante e efervescente, mas que sabe medir com muito cuidado qualquer que seja a mudança. E essa atual gestão compreende muito bem essa missão, que é fazer um clube para todas as gerações, respeitando as particularidades de cada uma, entendendo que é necessário ser plural, mas sempre valorizando o singular.


E foi exatamente com esse conceito que se deu o projeto da nova marca do clube. Unir o passado e o presente, com traços de um constante futuro, que se mostra cada vez mais acelerado e presente. Nas últimas décadas, o Ideal Clube se valeu de uma marca que carregava um vazio enorme de significado. Um símbolo curvilíneo aparentemente abstrato não representava absolutamente nada. Era apenas um rabisco que ninguém ousava explicar com precisão. Ora, a logomarca de uma instituição é o seu cartão de visita para a sociedade, então como termos uma que nem os seus associados conseguem se identificar com ela? A logomarca é a identidade visual de uma instituição. A criação de uma logomarca é tão importante quanto a criação do nome, pois é uma representação visual da estratégia da marca. Geralmente, ao bater o olho em uma marca é a primeira impressão que as pessoas têm sobre quem ela representa e como os outros a identificam. Por isso, se fez urgente e importante que a logomarca do Ideal fosse memorável, e ao mesmo tempo transmitisse a força que o clube representa por meio de suas cores, formas e texto.


É importante saber também que as melhores marcas são muitas vezes as mais simples, porém suas características devem ser fortes e reconhecíveis. Uma boa marca é reconhecida em qualquer lugar no mundo inteiro e por qualquer pessoa, incluindo crianças.


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Para chegar ao traço final da nova marca idealina, o jornalista Jeff Peixoto, que também acumula um certo talento para o design gráfico, precisou se inquietar com a marca anterior e duvidar de qualquer explicação que pudesse surgir. “Realizei uma longa pesquisa, fui visitar o passado, a história do Ideal, até que cheguei ao ano do cinquentenário do clube, 1981, onde pude compreender a origem e entender o significado do traço abstrato que mais parecia uma folha.”


Jeff Peixoto percebeu que o tal traço em formato de folha nada mais era do que um fragmento da logomarca original, tratava-se de um resquício do que originalmente era uma bandeira tremulando. (IMAGEM ABAIXO) Agora, vem o mais incrível de toda essa história: com o passar dos anos, documentos que eram fotocopiados repetidas vezes iam apagando elementos do desenho, e assim, por décadas de fotocópias com a má qualidade de resolução dos aparelhos da época, a logomarca do Ideal foi se desfazendo até chegar a um desenho sem muito sentido. Então surgiu alguém e resolveu se valer do que restou de uma bandeira e criar então a marca que resistiu até agora.


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Outro ponto importante foi que as cores originais do clube, o verde e o grená (com pequenas variações de tonalidades) foram absurdamente alteradas sem que fosse obedecido um mínimo de cuidado com a história do clube em seu aspecto de representação simbólica. Um verde “limão” passou a ser utilizado, algo que não fazia nenhum sentido. Se existe algo que é de fundamental importância para qualquer que seja a instituição é o respeito pelos seus símbolos, e as cores fazem parte dessa constituição. É lógico que, em alguma oportunidade, entende-se alterações cromáticas, mas sempre prevalecendo o que se mostra como oficial.


Como já foi mencionado anteriormente, uma característica essencial do Ideal Clube é valorizar a sua história e saber unir gerações distintas. A nova marca idealina é exatamente isso, uma junção de gerações. A ideia foi justamente essa, retomar a bandeira nas cores verde e grená como primeiro elemento da composição. O passo seguinte foi incorporar o logotipo com uma fonte de fácil visualização e, mais do que isso, de fácil aplicação em qualquer que fosse a estrutura. A fonte utilizada foi a Bahnschrift, que é uma nova digitalização do famoso padrão de design de caracteres DIN 1451. A norma DIN 1451 é uma padronização para projetos de letreiros criada pelo Deutsches Institut für Normung (Instituto Alemão de Padronização), em 1931, e foi projetada para uso em sinalização viária e outras implementações técnicas. O design foi particularmente otimizado para legibilidade, simplicidade e facilidade na replicação. Ao longo dos anos, a norma DIN tornou-se uma tipologia popular para uma ampla gama de aplicações de design. Não por coincidência, mas percebam o ano em que a fonte Bahnschrift foi criada: 1931! Exatamente o ano de fundação do Ideal Clube.


Instituições longevas tendem a incorporar em suas marcas o ano de fundação. E assim também foi feito, Jeff Peixoto fez questão de evidenciar, logo abaixo de uma linha horizontal de cor grená de fina espessura, o ano 1931, também com a fonte Bahnschrift.


Para finalizar a logomarca, foram inseridos dois círculos, um grená externo e um verde um pouco menor, interno. No entanto, como consta no manual de utilização da marca, esses círculos podem até não serem utilizados, dependendo da intenção ou do material em que será aplicada a marca. Esse Manual de utilização da marca estará disponível no site oficial do clube, à disposição de todos aqueles que necessitarem usar a nossa logomarca seja para compor quaisquer que sejam as peças. Inclusive constando as variações aceitáveis de cores (até mesmo os tons para uso monocromático), e da junção dos elementos.


Aspectos históricos, explicações técnicas, design gráfico, comunicação, pesquisa, estética, publicidade, marketing, psicologia... Tudo isso envolve a concepção de uma marca e é sabido que a responsabilidade de ousar tal mudança é fundamental para expressar algo com real significado e substância. Segundo Jeff Peixoto, a experiência propiciou seus momentos de tensão ao unir as peças como se fosse um quebra-cabeças, mas nunca de insegurança, “Eu sabia que não poderia errar, teria que acertar na mosca! A primeira impressão seria fundamental. Mas como foi concebida com muita técnica, amor e carinho, o resultado não poderia ser outro. Toda mudança de marca significa rejuvenescer uma instituição, que assim seja!”

 
 
 

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